terça-feira, 13 de setembro de 2011

Iluminação pública [Energia limpa ao longo da CE-025 em estudo

O projeto parte da instalação de postes híbridos, que aproveitam a energia gerada pelos ventos e pela luz do Sol

Um projeto inovador. Implantar energia limpa na iluminação pública de um trecho de 7,2 quilômetros da CE-025 está sendo estudado pelo governo do Estado e foi apresentado, ontem, em reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente (Cotema), na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), pelo cientista e empresário Fernando Alves Ximenes.

Ele apresentou o prospecto da rodovia com a instalação de postes híbridos, também conhecidos como Produtor Independente de Energia (PIE), que, nos cálculos dele, economizariam cerca de R$ 150 mil por mês.

O projeto da rodovia, mais conhecida como Avenida Maestro Lisboa e que, atualmente, está sendo duplicada para atender o fluxo Fortaleza/Porto das Dunas, já está sendo analisado pelo Departamento de Edificações e Rodovias (DER).

"Toda tecnologia inovadora é bem-vinda. Logicamente, precisamos identificar as reais possibilidades para isso. Quem sabe fazer um protótipo que atenda exigências de segurança, durabilidade e preço compatível", comentou o coordenador de Engenharia Rodoviária do órgão, André Pierre, ressaltando os pontos fortes da iniciativa.

"A intenção do governo é adotar ações coerentes com a preservação do meio ambiente. Trata-se de uma energia limpa de qualquer interferência, visualmente livre das fiações. Porém, é necessário ter cautela, porque (a rodovia é um bem de domínio público, que merece as devidas responsabilidades", disse.

Poste híbrido

Para o fortalezense que inventou o poste de iluminação pública alimentado pelas energias eólica e solar, o governo só tem a ganhar com a instalação dos equipamentos na rodovia. Conforme o empresário, para o trecho da CE-025 compreendido entre a Avenida Washington Soares (entrada de quem vai sentido Beach Park) até a altura do condomínio Alphaville, seriam necessários cerca de 190 postes de até 15 metros de altura, sendo um terço deles híbridos e os demais para distribuir a energia captada.

"Há 20 anos, quando fundei a Gram-Eollic, empresa que fabrica esse tipo de sistema de iluminação, venho aperfeiçoando a invenção pata torná-la viável. Acho que o momento é oportuno para investimos nessa tecnologia. A nossa Região Metropolitana é uma grande fazenda eólica e solar. Dentro de alguns anos, poderemos produzir energia em nosso próprio espaço físico: estradas, prédios, casas, shoppings, praças, estacionamentos, indústrias, comércios, sistemas agro-industriais e outras atividades", defendeu Fernando Alves Ximenes.

Para Marcos Augusto Albuquerque, presidente do Cotema e também do Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos, Industriais do Ceará (Sindiverde), para o setor industrial, a energia é um insumo retirado de única fonte, a Coelce, o que, para ele, onera o preço dos produtos, em virtude do grande consumo .

"A ideia é fantástica. Hoje em dia, energia é uma questão fundamental para as empresas. Quem sabe um pool de empresas não possa viabilizar a instalação dessas torres, pelo menos nos horários de ponta. Isso por si só já minimizaria os custos e, o que é mais importante, contribuiria para a preservação da natureza", afirmou Marcos.


Matéria retirada do Jornal Diário do Nordeste; Caderno de Negócios - Publicado no dia 6/7/2010 Jornalista Ilo Santiago Jr.

Um comentário:

  1. Gostaria de + informações para trabalhar com esse produto em São Paulo e interior de São Paulo

    Grato
    Trevisan

    trevisan.consultoria@gmail.com

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