sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Inovação tecnológica [Estudo quer usar energia limpa para fazer tijolos

Levantamento do potencial eólico e solar já está sendo realizado na Cerâmica Independência, no Município de Caucaia

No próximo domingo de Carnaval, terá início um projeto científico que poderá fazer história caso seja bem-sucedido. A ideia é aproveitar a energia limpa captada da força dos ventos e dos raios do Sol para gerar temperatura suficiente para a fabricação de tijolos.

O estudo será possível devido à parceria entre a Cerâmica Independência, de propriedade do Grupo Tavares, e da Gram Eollic, empresa do cientista Fernando Alves Ximenes, cearense que inventou o poste avião híbrido (produtor independente de energia). Aquele que, a partir da energia eólica e solar, gera eletricidade. "O primeiro passo será dado neste fim de semana. Vamos começar o monitoramento do forno, minuto a minuto, 24 horas por dia. A ideia é utilizar grandes espelhos refletores no experimento. Tenho certeza de que vai dar certo", afirma Fernando, lembrando que seria uma solução ecologicamente correta para os ceramistas ter um forno elétrico acionado por um sistema desses. "Além da economia com transporte e outros custos, seria reduzida em 100% o uso de lenha nativa e a emissão de CO2, gerando crédito integral de carbono", explica.

Potencial aproveitado

De acordo com o diretor de marketing da cerâmica, Marcelo Guimarães Tavares, "isso seria fantástico para o setor". A empresa, que fica em Caucaia, já fechou com a Gram Eollic a instalação de um poste híbrido para substituir a despesa com a Coelce, que, segundo ele, gira em torno de 15 a 16mil mensais. "O objetivo desse investimento não é só ficar autossustentável, mas também evitar as oscilações frequentes, que paralisam as máquinas, e trazem problemas na produção", conta.

Serão necessários dois anos e meio para o resgate do dinheiro investido. Para Marcelo, o projeto tem tudo para funcionar no local. "Aqui tem muito vento. Já tivemos, inclusive, que refazer galpões que ficaram danificados pela ventania. Estamos na primeira etapa, que é analisar o potencial eólico ao longo dos meses", declarou Marcelo.

Diário do Nordeste; Caderno Negócios – Publicado em 03/03/2011

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